Anuja

Procurei o filme Anora vencedor do Oscar para assistir , mas ainda não está disponível, para streaming. Encontrei o fabuloso o curta metragem Anuja, que foi indicado ao Oscar de melhor Curta metragem e perdeu. São 22 minutos que passam voando. O filme é em Hindi e escrito e dirigido pelo filósofo Adam J.Greves que virou cineasta. Anuja tem 9 anos e trabalha numa fábrica clandestina em Dhéli com a sua irma, Palak. É comovente é incrível como uma obra tem um poder de síntese tão profundo das camadas da miséria e todas as tragédias, mas tem sonho, desejo, poesia e inocência. Anuja é chamada durante a sua exaustiva jornada de trabalho como se estivesse no século XVIII. O chefe da fábrica é aquele tipo ganancioso e egoísta, que se vê diante de um professor convidando Anuja para estudar num internato, pagando sua inscrição de 400 Rúpias. As irmãs o dinheiro vendendo sacolas nas ruas, e saem para comemorar, no cinema, comendo comidas gostosas, o básico para qualquer ser humano. As crianças trabalham 14 horas por dia na fábrica e produzem uma sacola a cada meia hora. E ao ser questionada por Anuja , Palak lhe conta que faz parte do seu sonho de se casar. Para juntar algum dinheiro , ela recolhe sobras das sacolas e faz uma bolsa clandestinamente, dessa forma ela vai guardando para um futuro casamento, e Anuja fala para ela que “ ela transforma o nada em alguma coisa.”, esse é o segredo de quem precisa sobreviver, transformando mil nadas em sonhos. O chefe malvado propõe uma nova função para Anuja, para sabotar sua chance de frequentar uma escola e mudar o seu destino. Por outro Anuja, não quer deixar a sua irmã sozinha naquela realidade. E a sua irmã sabe que está talvez seja a sua única chance. Tem um diálogo lindo. Anuja pergunta sobre se ela não escolher ser uma garota inteligente e a irmã responde que ser uma garota inteligente não é uma questão de escolha. A protagonista do filme, sobreviveu nas ruas e estudou devido à uma ONG. O filme fala também de escolhas. “Você transforma o nada, numa coisa útil.” Surge num diálogo entre as duas irmãs orfãs. Ser uma garota inteligente não é uma questão de escolha. Uma radiografia tocante dos que nascem sem oportunidades.

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