Cheguei na livraria travessa para aguardar a sessão no cinema do Filme o Brutalista, do diretor Brady Corbet.
Estava acontecendo o lançamento de um livro na livraria, com um coquetel bem incrível . Separei um livro para ler e imediatamente fui servida de champanhe e iguarias. A vida me oferecendo um banquete inesperado.
O filme o Brutalista é sensacional, um filme com duração de três horas com intervalo. Foi uma experiência rica, profunda triste, com o esplendor da arte , a guerra, a ganância, com uma aula de arquitetura, a criação de um artista sufocado e sobre a dificuldade de sobrevivência depois de um trauma. O arquiteto Judeu,Lázló ,formado pela Bauhaus uma escola de artes, arquitetura alemã, fundada por Walter Gropius, destruída pelo Nazismo. A cena de abertura do filme é magistral, quando Laslo Emigra para os Estados Unidos e sente a luz, olha para o céu como se fosse a primeira vez, e olha para a Estátua da liberdade, só que num enquadramento invertido, um ângulo torto, que para mim, foi aquele chamado sobre a liberdade que o aguarda contém não será o que esperamos, depois de sobreviver a um campo de concentração. Talvez a imagem invertida da estátua da liberdade, me convidou a refletir sobre o quanto um trauma pode seguir moldando a vida de alguém, por mais brilhante que a pessoa seja, um artista sensível e com uma visão muito à frente do seu tempo. Lidar com as suas prisões internas no mundo, nem sempre é possível se conectar e encontrar espaços de cura, é um desafio.
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