PESO E LEVEZA

Olhei para o céu vi um par de borboletas super coloridas voando juntas, no fundo azul do céu, parecia uma pintura em movimento. Eu nem peguei o celular para registrar aquele milagre, por que não queria perder aquele instante que parecia feito só para mim.Fiquei um tempo me perguntando se era um acasalamento de borboletas, se estavam namorando, ou sei lá que relacionamento era aquele. Elas dançavam no ar juntas com muita leveza e nunca havia atrito, era uma dança leve, harmoniosa e bela. Quando elas sumiram com sua dança e o céu voltou a ser azul e vazio, não havia nuvens no céu,lembrei de um livro que li há muitos anos, do Milan Kudera, A insustentável leveza do Ser. No livro ele me revelou que muitas vezes as nossas escolhas por mais leves que sejam trazem também o peso da vida. Consiste na eterna dualidade na busca por leveza e na dualidade do peso e da leveza. Tenho que aprender muito com as borboletas afinal como permanecer leve e me relacionar com o peso do mundo? Como viver intimidade com alguém lidando com meus pesos e medidas sem pesar na vida do outro e ao mesmo tempo não sentir o peso do outro em mim? A moça do taroh me disse que eu preciso encontrar a fronteira entre quem eu sou e como não trazer pesos que não são meus para mim. " A insustentável leveza do ser" do Milan Kundera. Estar no mundo, sem ser do mundo.

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