Hoje dia de Cosme e Damião estava contando uma história para as crianças e antes da história dancei o mantra " Eu sou a onda faz de mim mar." No final da história eu queria ter doces para dar para elas. Dia de Cosme e Damião, mas eu tinha esquecido. Me veio então a idéia de terminar minha apresentação com a música da Marisa Monte que fala de Jujubas, mariolas, quindins... Uma criança levantou e começou a dançar comigo e quando percebi , as crianças transgrediram ali o cânone e romperam com a "quarta parede", não havia mais uma atriz contando uma história, nem platéia sentada ouvindo. Eu me vi dançando com as crianças, não havia mais onda, éramos todos o mar, dissolvidos numa experiência de totalidade. Eu que sou uma dançadora de histórias, senti uma imensa alegria, eu vi uma revolução que é quando a arte se transforma em experiência e transbordamento e foi um verdadeiro Carnaval em plena primavera.. No final da apresentação, eu vi crianças sorrindo, eu que fui oferecer doçura sem doce me senti totalmente açucarada. E eu só agradeci, por não ter deixado de soltar minha criança mesmo nestes tem
pos de rigidez...é que eu escolhi ser gelatinosa
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