Participei de uma maratona de Biodança, com o facilitador Carlos Garcia, Cristina Lellis , produziu este projeto. Era um grupo grande de amigos e amigas, no meio da natureza. Eu fiquei num quarto com três amigas incríveis. No primeiro dia, eu e uma delas, saímos juntas para encontrar o nosso grupo que já estava reunido. Nós duas chegamos num grupo só de mulheres, era uma roda gigante com vários rituais de cura, com arruda, fogo, terra, ar, benzimentos, nós não percebemos nada de estranho, participamos de todo o ritual . Foi aí que descobrimos que estávamos numa convenção de bruxas. E estava acontecendo simultaneamente ao nosso trabalho de crescimento . O mais interessante é que as mulheres da convenção de bruxas também não acharam nada de estranho com a nossa presença, simplesmente fomos acolhidas com muita naturalidade, e esquecemos completamente do lugar e do nosso propósito . Naquele instante em que percebemos, nos despedimos delas, rindo da nossa capacidade de estar numa grande cumplicidade, abraçadas, num estado de graça, duas mulheres felizes, por compartilhar uma experiência mágica, duas loucas, em plena natureza, livres. Foi um momento precioso, onde nós tivemos o privilégio de viver a nossa natureza sem medo, num mundo que nunca foi um lugar seguro para nós.
Este mundo de respeito e de pertencimento com a nossa voz, precisa ser construído por nós todos os dias, a cada momento. Nós ainda precisamos nos defender do óbvio.
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