MIRABAI A ATRIZ QUE DANÇA PALAVRAS

Fui assistir ao espetáculo Trinta. Faço parte dos primeiros espetáculos e fiquei marcada com fé e fogo nesta companhia. No início do caleidoscópio, André Amaro me aceitou como atriz com a dança Indiana já fazendo parte de mim e este teatro deu abrigo para ampliar a minha expressividade e me deu o chão da carpintaria do teatro. Meus compromissos com a dança Indiana e o mestrado inviabilizaram a minha participação neste trabalho. Foi emocionante assistir a entrega destes atores, meus amigos. É fazer teatro mesmo engessado no concreto, na seca , na poeira e na ausência de espaços e teatros no meio da burocracia dos editais. O canto celebrando resistência e a verdade de cada um, nesta embarcação. Seres feitos de carne e osso e não de polietileno. Fui citada durante o espetáculo, ouvi meu nome e não acreditava em tanta generosidade de me sentir pertencendo. Teatro é sobre a condição humana, por isso nunca morre. Domingo tem duas sessões. Vale a pena ver a alma do Caleidoscópio em transe no ofício do teatro.

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