Kairós

Ainda bem que minha percepção da realidade não é linear, como dançaria o inusitado, as oposições ou a tridimensionalidade? Mas eu tive a sorte de sobreviver sendo esquisita e de gostar de ser como sou, mesmo sabendo que muitas vezes ser sutil e cultivar poesia num mundo que exige funcionalidade o tempo todo é um ato de bravura. O ideal mesmo é fazer como aquela sabedoria japonesa do vaso que quando quebra é colado com um esmalte dourado, porque o defeito é uma parte inseparável da história do objeto ou da pessoa, apesar de colado, eles precisam ser aceitos e não escondidos. Como dizia o mestre da psicanálise Jung, precisamos acolher a nossa sombra e a nossa luz.

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