"A Pele que habito. "

Se " tornar mais humano que o humano" adquirir uma segunda natureza refinada que permite olhar para dentro de mim e para o mundo , o desafio de sempre ao finalizar um projeto recomeçar do zero.Ampliar as fronteiras e desafios de investigar o inefável, o "inominável", renomear partes de mim e os diferentes diálogos que vou traçando com as diferentes linguagens a serem investigadas.Muito importante é a liberdade da busca, não me prender a modelos ou fórmulas fáceis.Construir uma linguagem e permanecer acreditando que o lirismo e a poesia devem fazer parte do cotidiano e não apenas por instantes. A modernidade nos exige um poder de síntese e de foco muito grande.Tenho muita informação e pouca sabedoria.Cultivar o simples e o que é essencialmente primordial para chegar a alguma resposta.A arte pode abrir portas para o sentido da busca, ou pode ser a própria busca em sí. Estou novamente na fronteira entre a minha relação com o particular e o universal, " falar da minha aldeia", para me explicar no mundo. O meu trabalho é fruto desta tentativa de auto-explicação através da pesquisa de minha linguagem pessoal. O oriente sempre está presente mas diluído entre as novas froteiras que estou abrindo. Sou uma viajante do tempo onde presente ,passado e futuro fazem. parte da mesma substância porque eu busco a atemporalidade, aquela qualidade de presença que transforma qualquer instante e superação, ternura em delírio cósmico. "Precisamos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos, para podermos viver a vida que nos espera. A pele velha tem que cair para que uma nova possa nascer."

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