Maria/ Ghungroos

Hoje passando em frente a Igreja, os sinos tocaram bastante. Senti uma alegria do nada,sem um grande momento antecipado,simplesmente senti.Atualmente estou habitando perto de uma linda igreja dedicada a Nossa Senhora da Assunção,uma igreja com uma arquitetura que parece uma mesquita.Entrei na igreja e fiquei emocionada com Nossa Senhora com os braços estendidos para o alto em Êxtase . Foi muito importante para mim. Ver esta manifestação de alegria dela, elevada para fora de si mesma e guiada para o seu mundo sensível, por efeito de exaltação mística ou de sentimentos muito intensos de alegria, prazer, admiração e quem sabe gozo, os Mistério Gozosos do santo Rosário. Nunca entendia o porquê,desta imagem dela sempre branca,pura,sofrida e passiva,eu sempre a achei rebelde,forte,e suave na força. A igreja tentou roubar a nossa alegria,pregando o sofrimento como virtude,e o primeiro milagre de Jesus foi numa festa,com a sua Mãe Maria. Jesus Cristo realizou seu primeiro milagre, transformando a água em vinho, a pedido dela, durante um casamento. Esta imagem de Jesus torturado na Cruz colabora com este culto ao sofrimento.Claro que o sofrimento existe,mas a alegria existe e precisa ser cultivada.Eu acho perfeito neste momento das sombras da Igreja reveladas, develadas e ainda negados.Um dia quem sabe seja equilibrada esta forma de devoção com festa e riso.Eu aprendi a celebrar a alegria de Deus em mim no Hinduísmo, Dançando para Deus. A imagem que tinha de Êxtase de Deus, era da escultura de Benine de Santa Teresa de Ávila, que narra o instante em que um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo. Mas os sinos me fascinam. Eu Danço acompanhada pelo som do Ghungroo, Ghunghru ou Ghungur, como são chamados os guizos metálicos atados ao tornozelo, das dançarinas. Bem diz os tratados indianos da dramaturgia, que o doce som do jogo rítmico dos Ghungroo de uma dançarina habilidosa pode promover alegria no coração dos ouvintes, atrair e encantar não só os seres humanos, mas também os seres celestiais e toda a natureza. Reproduzo aqui um texto sobre os Ghungroos: fohttps://www.padmaa.com.br/ao-som-dos-pes/nte: "Se você achou que um Ghungroo é apenas uma parte da “fantasia”, então pense duas vezes. Filosoficamente o Ghungroo está ligado ao significado mais profundo da imagem de Sarasvati, a deusa das artes, da música, da ciência e da sabedoria. Consciente da relação de um instrumento musical com seu significado mais profundo, o dançarino utiliza seu Ghungroo com profundo sentimento de adoração e reverência. Um Ghungroo é guardado com zelo e cuidado assim como o fazemos com um “mala” – colar de 108 contas, uma espécie de rosário utilizado para recitar um nome divino. É por esta razão que não vemos um dançarino atar seu Ghungroo, sem antes prestar na sua intimidade, uma sincera homenagem aos seus predecessores com profundo sentimento de gratidão e reverência, para então ata-los ao tornozelo. Ghughroos desempenham um papel importante em todos os estilos de dança clássica indiana. Os dançarinos executam intrincados padrões rítmicos, enquanto “tocam” a Mãe Terra com as plantas dos pés. Efeitos musicais especiais são executados pelos pés do dançarino e reforçados pelo uso dos Ghungroo, que acentuam a marcação rítmica da dança e permite que o complexo trabalho rítmico dos pés seja ouvido pela audiência. Os padrões rítmicos dos pés dos dançarinos podem corresponder exatamente aos instrumentos de acompanhamento, como a Tabla ou os dançarinos podem criar espontaneamente padrões rítmicos individuais dentro do ciclo rítmico fixado como no caso do estilo Kathak. A beleza emocionante deste jogo rítmico não poderia ser apreciada plenamente pela audiência não fossem os guizos. No Kathak os dançarinos podem fazer os Ghoonghroos soarem muito alto, como fortes chuvas de monção ou muito suavemente, como o som de pingos de chuva e dependendo da habilidade do dançarino, pode fazer tilintar o som de um sino apenas, para em seguida aumentar o volume dos guizos de um som suave e leve a um volume muito forte e estrondoso. O som produzido pelo Ghungroo varia dependendo de sua composição metálica e tamanho. Os guizos, que a maioria dos dançarinos usam são feitos de latão. São duráveis e muitos dançarinos são da opinião de que quanto mais velhos e usados, mais valiosos se tornam. Ghunghroo muito usados devem ser preservados com muito cuidado, uma vez que seu som pode tornar-se mais doce após usá-los por muitos anos. Devido a fácil disponibilidade, custo razoável, durabilidade e som forte, os Ghunghroo de bronze são usados pela maioria dos dançarinos clássicos indianos. Alguns especialistas são da opinião de que o som dos Ghoonghroos de bronze, são poderosos e atraem a atenção dos Gandharvas – músicos celestiais."
Bernini (1598-1680) foi um escultor, arquiteto e pintor italiano, um dos pioneiros da arte barroca. Foi o maior escultor do século XVII, autor das grandes colunas da Praça de São Pedro, e do baldaquino, cúpula sustentada por colunas retorcidas que estão sobre o Altar Maior da Basílica de São Pedro no Vaticano. Gian Lorenzo Bernini nasceu em Nápoles, Itália, no dia 7 de dezembro de 1598. Filho do escultor Pietro Bernini aprendeu no atelier do pai a arte de esculpir.

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