Acabei de reler Edipo Rei, tragedia grega escrita pelo dramaturgo Sofocles. Impressionante como Édipo Rei é uma peça do teatro grego antigo escrita por Sófocles por volta de 427 a.C. continua sendo perfeita para falar da Condição Humana, para mim, uma forma sublime de falar da nossa existência. Todo mundo conhece o enredo da peça. Édipo, filho de Laio e Jocasta, era o rei de Tebas, a cidade que fora assolada por uma peste. Ao consultar o oráculo de Delfos, os pais ficam sabendo de algo trágico sobre sua vida: ele foi amaldiçoado pelos deuses. Laio e Jocasta ficaram apavorados, e assim que a criança nasceu, o rei Laio deu o bebê a um servo para mata-lo, para que o seu destino não fosse cumprido. Nesta tragédia grega o destino é Implacável, vai acontecer e pronto. Eu prefiro Sartre com a filosofia existencialista, "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você". Mas eu ainda Lembro daquela música do Cazuza o " Blues da piedade" que me faz pensar muito sobre o destino de quem nasce como Édipo, sem oportunidade e cria o seu destino num mundo que vira as costas, tece o seu destino todo dia como disse Elisa Lucinda .
Eu não acredito em meritocracia, mas existem aqueles fortes que conseguem .Cazuza cantava:
" Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar"
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