Exercícios corporais inspiradas nos animais

Existem muitas técnicas e

. muitos trabalhos corporais eu vivenciei em treinamentos pertencentes ao oriente e ocidente, no caso do oriente praticados há milênios.Posso citar como exemplo o yoga, as artes marciais, o tai chi chuam, a biodanza, o Kempo e a dança clássica Indiana. O primeiro treinamento corporal baseado em animais que fiz foi no teatro. E depois a dança Indiana .Como sempre transitei nestes dois universos,desconheço esta fronteira ou dicotomia entre dança e teatro, estas duas manifestações acontecem na minha atuação de maneira simbiótica. Mas voltando a falar sobre treinamento físico baseado no movimento dos animais, o primeiro animal que fui apresentada foi o gato, um exercício que imitava o gato em pleno equilíbrio enquanto alonga todas as partes do corpo, dificílimo de fazer, movimento preciso e focado. O professor percebeu a dificuldade de todo mundo e propôs como exercício: observar os gatos. Ele ainda nos disse que o gato era um yogue perfeito. O que quero dizer é que a natureza sempre foi fonte de inspiração para aprimorar os humanos tanto na arte, quando na ciência ou na filosofia, e outros saberes. No xamanismo por exemplo nós temos a capacidade através de um xamã de entrar em contato com o nosso animal de poder e aprender com ele a sermos seres humanos melhores. Meu animal de poder é a borboleta, fiquei frustrada por pensar que nunca teria a paz de parar um pouco de mudar tanto, mas o meu aprendizado com elas vai além da metamorfose: é a certeza da ordem no caos, não é lindo? Viver no corpo os arquétipos. Quando estou caminhando na rua eu percebo que se penso em algo profundo e relevante para mim, muitas vezes sou cercada por borboletas. Sempre acontecia mas quando tomei consciência elas se aproximaram mais de mim. Acho interessante a origem da expressão o pulo do gato: a onça vivia admirada com a agilidade do gato e muito curiosa pediu ajuda ao gato.O gato aceitou e começou a ensiná-la. Achando que já havia aprendido tudo a onça resolveu pegar o gato como refeição, mas ele sumira. Dias depois ao encontrá-lo a onça perguntou sobre aquele pulo e cobrou a lição omitida e o gato respondeu que era aquele pulo que o mantinha vivo. Muitas vezes o aprendiz precisa se livrar do que aprendeu e trilhar o seu caminho consigo mesmo,ou quem sabe a perspicácia do gato seria calcular quando e como pular e quando decidir acertar o alvo se jogar, mesmo que esse salto o conduza à morte ? Ou como se diz no oriente" Quando o discípulo está pronto o mestre aparece. Somos todos aprendizes.