Pulsar

Dançar é um ato político. Amar o próprio corpo é um ato político.Entendê-lo e descobrir a sua ação no mundo é revolucionário. Penetrar nos mistérios do corpo e os seus símbolos é divino. Isso acontece quando uma mulher decide descobrir de que substância é feita, saindo da ditadura da estética e dos modelos de comportamentos fabricados. É o momento de ser visceral, para celebrarmos nossa "natureza pulsante", nosso espírito selvagem adormecido. Existem inúmeras maneiras de se entrar em contato com esse universo mágico e onírico que é o corpo. Maneiras de explorar sentir, agir e pensar integrados. Formas de acordar com o corpo vivo. Não é esquisito, muita gente acorda morta, presa no corpo, aprisionada. Vivendo a dissociação onde o pensar, o sentir e o agir não têm conexão, falamos línguas diferentes dentro de nós e se leva um tempo para descobrir o que nos foi dado como busca e estudo profundo do nosso corpo. Muitas vezes fazer uma simples caminhada já muda o roteiro do filme daquele dia, o coração começa a bater diferente, as pernas começam a ter força, os pés criam asas,as nuvens começam a passar, as árvores começam a mostrar força, a respiração passa a soprar vida para dentro de nós. E esta é a mágica.

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