UNIVERSO PARALELLO 2020

Fui convidada para dançar em muitas edições passadas do festival universo Paralello. Eu sempre informava que minha dança era tão intimista e contemplativa que não achava pertinente e eu estava tão longe da música eletrônica... eu achava que era um lugar que não me cabia. Nesta edição de 2020, resolvi dizer sim. E realmente foi uma abertura imensa para mim. No dia da minha apresentação eu fiquei com uma vontade imensa de sumir daquela multidão. Mas Deus sempre envia as respostas na hora certa. Uma artista que estava comigo me olhou nos olhos e me disse que toda aquela conexão de pessoas, segundo estimativa beirava a cinquenta mil pessoas, estavam ali para se enriquecer de humanidade, e que a minha dança estava lá a serviço de todos que cruzaram fronteiras de todos os lugares do mundo para se ter uma experiência coletiva, onde todas as diferenças são acolhidas. Realmente mergulhei numa atmosfera de jogar luz e fazer e ser parte daquela magia. É a experiência de viver a nossa divindade. Quem sabe um disse esse universo Paralello não será o planeta Terra? E eu que voltei sentindo a minha potência, percebi que fazer arte é se construir de amor a cada experiência coletiva de imersão na imaginação e beleza contida no instante. Você se dá para o outro e o outro te devolve a resposta te dizendo quem você é neste eterno mistério que somos nós. E conheci o Alok, fiquei fã.

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