Um amigo meu,criou um grupo formado por homens , com o intuito de estudar e entender o universo feminino.Todos os integrantes tiveram relacionamentos com mulheres que não foram bem sucedidos e querem entender nosso mundo. Meu amigo me pediu para contribuir com minha visão para servir de subsídio para o grupo. Aqui vai a minha percepção e contribuição.
Achei muito moderno e espero que homens e mulheres possam criar relacionamentos saudáveis e da dor do fim o caminho seja feito para criar um novo começo,peço licença poética ao Chico Xavier.
Para falar do universo feminino, preciso falar de um livro que acabei de ler do Ítalo Calvino intitulado O Visconde partido ao meio. O Visconde Medardo di Terralba que luta na guerra contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, ele sobrevive mas é partido ao meio. O conde volta para a cidade com uma metade. Esta metade causou muita confusão na cidade, ele era mesquinho e malvado.
Um dia, ele se apaixona e promete para a sua amada que se ela aceitasse ficaria no castelo com ele, e que ele não sabia o que ia fazer com ela, eles descobririam novas formas de amar todos os dias. Mas um belo dia, quando a cidade está se acostumando com a mesquinharia do Visconde, chega na cidade a outra metade do Visconde na cidade, causando muita confusão por que a outra metade é muito boa. E as duas metades puderam viver profundamente sua metade. Mas a metade do Visconde Boa se apaixona pela mesma mulher. A metade boa do Visconde lhe promete por ser dividido e desarraigado, aprendeu a viver com todas as suas mutilações e falta do mundo, sua amada poderá aprender com ele a sofrer com os males de cada um, afinal todos nós somos seres incompletos. A mulher disse à ele que estava indecisa entre as duas metades. Com o tempo, a metade do Visconde Boa começou a incomodar, por ser muito ético, moralista e atrapalhar os negócios. E a cidade percebeu que das duas metades, a boa é pior que a mesquinha. E os habitantes começaram a perceber que os sentimentos se tornaram incolores e obtusos, pois estavam perdidos entre maldades e virtudes igualmente desumanas. Enfim o escolhido para casar foi a metade Mesquinha. No dia do casamento as duas metades foram para a Igreja e lutaram, um verdadeiro duelo
para amar esta Mulher. No final da batalha, o resultado foi a fusão, as metades do Visconde foram integradas. O Visconde estava inteiro e integrado com todas as suas metades e pôde se entregar ao amor de uma mulher, que ficou muito feliz por finalmente ter um marido com todos os seus atributos e inteiro
Este é o retrato do homem e da mulher na contemporaneidade, incompletos e partidos ao meio diante do mar de possibilidades que cada ser humano se expressa no mundo. Este é do novo paradigma para os homens que não sabem exatamente como integrar esse feminino e da mulher que busca ser inteira sem se perder de si mesma.
A mulher é uma investigação, uma pausa no olhar, uma busca de defesa dos predadores e ao mesmo tempo uma grande vontade de buscar esse masculino. Acredito que é um processo que também é individual.
Precisamos integrar a nossas rachaduras e aprender que somos partes que podem nos unir ao todo. Nós temos o feminino e o masculino no nosso Ser. Aceitar nossa incompletude e cumprir a missão que o mistério nos confiou.
Achei muito moderno e espero que homens e mulheres possam criar relacionamentos saudáveis e da dor do fim o caminho seja feito para criar um novo começo,peço licença poética ao Chico Xavier.
Para falar do universo feminino, preciso falar de um livro que acabei de ler do Ítalo Calvino intitulado O Visconde partido ao meio. O Visconde Medardo di Terralba que luta na guerra contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, ele sobrevive mas é partido ao meio. O conde volta para a cidade com uma metade. Esta metade causou muita confusão na cidade, ele era mesquinho e malvado.
Um dia, ele se apaixona e promete para a sua amada que se ela aceitasse ficaria no castelo com ele, e que ele não sabia o que ia fazer com ela, eles descobririam novas formas de amar todos os dias. Mas um belo dia, quando a cidade está se acostumando com a mesquinharia do Visconde, chega na cidade a outra metade do Visconde na cidade, causando muita confusão por que a outra metade é muito boa. E as duas metades puderam viver profundamente sua metade. Mas a metade do Visconde Boa se apaixona pela mesma mulher. A metade boa do Visconde lhe promete por ser dividido e desarraigado, aprendeu a viver com todas as suas mutilações e falta do mundo, sua amada poderá aprender com ele a sofrer com os males de cada um, afinal todos nós somos seres incompletos. A mulher disse à ele que estava indecisa entre as duas metades. Com o tempo, a metade do Visconde Boa começou a incomodar, por ser muito ético, moralista e atrapalhar os negócios. E a cidade percebeu que das duas metades, a boa é pior que a mesquinha. E os habitantes começaram a perceber que os sentimentos se tornaram incolores e obtusos, pois estavam perdidos entre maldades e virtudes igualmente desumanas. Enfim o escolhido para casar foi a metade Mesquinha. No dia do casamento as duas metades foram para a Igreja e lutaram, um verdadeiro duelo
para amar esta Mulher. No final da batalha, o resultado foi a fusão, as metades do Visconde foram integradas. O Visconde estava inteiro e integrado com todas as suas metades e pôde se entregar ao amor de uma mulher, que ficou muito feliz por finalmente ter um marido com todos os seus atributos e inteiro
Este é o retrato do homem e da mulher na contemporaneidade, incompletos e partidos ao meio diante do mar de possibilidades que cada ser humano se expressa no mundo. Este é do novo paradigma para os homens que não sabem exatamente como integrar esse feminino e da mulher que busca ser inteira sem se perder de si mesma.
A mulher é uma investigação, uma pausa no olhar, uma busca de defesa dos predadores e ao mesmo tempo uma grande vontade de buscar esse masculino. Acredito que é um processo que também é individual.
Precisamos integrar a nossas rachaduras e aprender que somos partes que podem nos unir ao todo. Nós temos o feminino e o masculino no nosso Ser. Aceitar nossa incompletude e cumprir a missão que o mistério nos confiou.
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