O SABOR

Felicidade é saborear e oferecer o que mais amamos numa bandeja de prata e sentir que foi sentido o sabor. Como é belo deixar a arte nos tocar na alma para vivermos a poesia do sublime. Numa época de intolerância é bom construir laços tendo o corpo como veículo de aprendizado e sabedoria. Grata a Deusa e a Deus a todas as alunas que me deram o privilégio de compartilhar meu dom, meu Dharma, meu ofício, minha prece, meu desafio de encontrar com minha essência, que é feita de poesia curtida na fumaça nebulosa de luz e sombra. Na minha opinião prestigiar qualquer manifestação artística é um ato de resistência, é um chamado para viver o não dito, aquilo que ficou submerso em camadas de entorpecimento da nossa alma, escondida por medo de ser o que somos. Encontrar nossa verdade num mundo que se esconde é fortalecer nossa fé na condição humana.. Evoé, axé,Shalom, on shanti, Namastê, aleluia! Recebi ontem este desenho de presente de uma aluna a Lola. Fiquei muito feliz, que privilégio ser sutil e receber sutilezas. Eu sou gelatinosa, etéria e humana, sentir esta imagem e vê-la até sentir sua numinosidade, talvez é disso que estou precisando, continuar sendo eu mesma.

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