DANÇA E ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

O objetivo da dançarina de dança clássica Indiana é transformar os pensamentos do público caso sejam negativos ou sombrios em pensamentos sublimes e auspiciosos, todo o trabalho e treinamento da bailarina em si mesma, tem como foco deixar a platéia em deleite estético e atmosfera de paz toda a prática do mérito por ter a oportunidade nesta encarnação de dançar deve ser uma oferenda para todos. O treinamento exige muita disciplina entrega. Quando a dançarina cumpre com a primeira etapa de domínio dos Adavus, esta palavra vem do sânscrito através dos povos Dravidianos Adhu significa passos e Avu grupos, portanto aAdavus são grupos de passos são dez Adavus divididos em 120 categorias, quando tem o domínio dos Adavus ela estará pronta para dançar o Alaripu, que é o florescer da bailarina, é quando todos os seus canais interno ficaram abertos para a caminhada em direção ao domínio das talas, dançar as melodias e as notas, na dança clássica Indiana a dançarina é música, e a dança é uma ciência, todo gesto é milimetricamente calculado e tem uma denominação,por exemplo para as posições das pernas são quatro divisões, Aramandhi, por que a bailarina senta até a metade, ou inclina o seu joelho flixionado, os braços para trás em ardhachandra promove alto nível de concentração, estabilidade e equilíbrio, o dedo polegar aponta para cima para as vértebras, Samapada é a posição em pé, nulo sem movimento, Sama significa ponto zero e o Maru Mandi dobrando o joelho completamente a swatika que significa cruzar. Daqui para frente sempre estarei escrevendo sobre meu treinamento de bharatanatyam e como o mérito desta prática está transformando meu ser, seria o trabalho da dançarina sobre si mesma. Não conheço outra forma de evolução que não seja fazer do nosso ofício a nossa evolução e contribuição para melhorar o mundo. “Cada parte ferida de um corpo é a pista para uma causa maior e profunda, um sinal a ser lido e decodificado. Diz-se que as catedrais são livros de pedra. Nós somos livros de carne. Vivemos o que somos” Segundo a escritora Marta Medeiros, ser leve é a nova revolução.Vivemos uma crise de excesso de nós mesmos.Tomei emprestado esta frase para falar sobre o efeito da dança em mim.Quando quero esquecer a minha importância e o peso que o excesso de contradições e conflitos me deixam pesada, me transformo no meu acontecimento dançando. Vou para um lugar onde nada importa, o banal é sublime, encontro beleza, nas ações do meu corpo, onde o pensamento não tem voz.Posso me sentir sem medo de julgamento ou patrulhas do corretamente modo certo de ser. Estou comigo. O corpo é um templo e cada parte dele pode ser usada e treinada para a sua melhor expressão.A grandeza do treinamento corporal reside na habilidade de harmonizar a dimensão física , intelectual, emocional e espiritual da vida, concedendo ao intérprete o poder de trocar e comunicar-se em vários níveis e atingir estados de consciência. A dança enquanto arte composta que sintetiza a melodia e o ritmo, a pintura,e a escultura, a poesia e o teatro,harmoniza a alma. Sem dança ou qualquer atividade que eleve a condição humana a vida fica árida e sem transcendência. Equilibrar no desequilíbrio, encontrar conforto no desconforto, transformar sua energia, entender as lições do corpo.A dançarina é simultaneamente o musico tocando com o seu corpo e o escultor, dando forma e estruturando o espaço em formas graciosas e poderosas. Desenvolver através da dança a riqueza de possibilidades corpóreas, para que a vivência do simples, do singelo e do encantamento devolva ao corpo a sua poética .Dançar com os olhos, com as mãos, com os pés, com a energia do próprio movimento individual, equilibrar de forma geométrica , andar com graça e leveza, e força. treinamento corporal para cada parte do corpo, dançar cada fragmento do corpo e sentir ao mesmo tempo integrar corpo-mente-alma, onde a dança é meditação em movimento. Foto- Franca Vilarinho

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