Estou promovendo aqui em Brasília um curso sobre gestualidade, mito, arquétipos tendo como matéria-prima os princípios contidos na dança clássica Indiana. O que quero enfatizar aqui é que durante esse processo de desconstrução de um corpo linear estou fazendo novas descobertas.Nas aulas o meu foco é retomar o equilíbrio no desequilíbrio, e abrir os portais que acessam espaços no corpo que permitem deixar todos estes símbolos e imagens nos visitar. Dançar deixando o corpo fluir através das ações. Se a contemporaneidade nos apavora porque estamos sempre nesta eterna dissociação entre o pensar, agir e sentir, sigamos na plenitude do movimento convidando nosso corpo a integrar estes três centros, se nossas raízes não estão firmes, batemos nossos pés no chão, e nosso gesto está contido, vamos liberar novas conexões no cérebro usando cada parte que não usamos no nosso cotidiano impedidos pela nossa cultura que anulou o corpo em detrimento do pensamento e dos bons costumes.O contato com diferentes técnicas corporais na minha opinião tem esta função ampliar o gesto, deixá-lo mais orgânico. A imaginação é um músculo e precisamos nos aprofundar nas diferentes nuances escondidas no nosso corpo. Prestar atenção nos nossos olhos, nossas mãos, pés e este diálogo nos transforma trazendo nossa presença.
Me sinto privilegiada por sentir. Sentir e perceber as mensagens do meu corpo. Ouvir quando é possível o incessante diálogo do corpo com a alma.
Não importa quando não compreendo a linguagem subterrânea das diferentes camadas e nuances que formam a síntese de mim mesma.
Gostaria de ter olhos no meu interior, para dançar partes de mim que ainda não visitei.
Quando escrevo sobre dançar a minha alma, criar um vocabulário próprio em cena, escrevo sobre esta necessidade de estar com a minha lanterna acesa, para quando entrar na caverna dos meus labirintos secretos, encontrar a luz e entendimento.
" A dança afasta a prisão do Eu"
Dançar é necessidade da alma, para revelar a experiência do prazer de perceber coisas sobre o meu mundo, olhar o olhar de mim mesma e me permitir olhar outras coisas.
" A maior alegria é nos perdermos de nós mesmos por alguns instantes.O si mesmo não pode ser dito , porque ele é tão singular para cada si mesmo, que deveria existir uma palavra.Se você quer falar do si mesmo, você tem que inventar uma palavra e é incomunicável.
Dançar é um exercício de superação. "
oi! estou muito interessado sobre as descobertas corporais que você propõe.
ResponderExcluircomo faço para entrar em contato com você?
Abraço,
Ricardo Caldeira
aguaimagem@gmail.com
www.facebook.com/rcs.caldeira
Ricardo que bom! me envia um email: projetoscriativos@gmail.com.
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