DANÇAR COM A SOMBRA

E o silêncio se fez presença e virou prece. Precisamos de experiência com o corpo para sentir a vida pulsando em nós. Poesias corpóreas podem acontecer quando se cria uma atmosfera. Hoje com muitos artefatos e simulacros está ficando muito complexo encontrar espaços para ser inteiro. Uma experiência consigo mesmo só é profunda se acontecer com presença.Buscamos esta experiência com a música, cinema, espetáculos de teatro,ou qualquer movimento que capture nossa alma por alguns instantes.Temos que aprender a dançar com a nossa sombra. Na verdade estou sentindo que mergulhei em abismos, desertos e no meu caos e agora estou me permitindo dançar com minha luz. Cuidei dos meus desertos. E a luz se fez. Muito revelador o que vou contar. Numa semana que perdi uma mala contendo meus melhores figurinos e adereços de dança, fui numa aula de Biodança sobre máscara. Nesta aula minha outra face se manifestou, se revelou, dancei minha beleza,minha doçura, minha alma, minha natureza contida se revelou sem medo. Por razões que o destino vai me ensinando, saí de casa sem maquiagem, com o rosto lavado, sem máscara, saí vestida de mim mesma. Cheguei a fazer uma apresentação sem figurino, não é que precise de qualquer artifício para dançar, tudo uma questão de oferecer beleza em grau máximo. Mas a grande beleza mesmo é se entregar, se despir de si mesmo, deixar" a sua natureza se manifestar". Só quando nos revelamos para o mundo, encontramos nosso lugar de direito e isso acontece quando passamos a habitar dentro de nós mesmos na nossa casa, nosso corpo. Biodança O "Sistema Biodanza" foi criado nos anos 1960 pelo antropólogo e psicólogo chileno Rolando Toro Araneda. Em 1964, Rolando iniciou as primeiras experiências de danças com doentes mentais internados no hospital psiquiátrico de Santiago.[5] Inicialmente, o seu sistema tinha o nome de "psicodança".[6] Atualmente, se encontra difundido em diversos países, incluindo países da América Latina, Europa, Canadá, Japão e África do Sul.[7] Wikipédia

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