Gurdjieff

Sonhei que chegava no meu trabalho, completamente nua.Adentrava os departamentos resolvendo uma tarefa que me exigia papéis e prazo.Terminei a tarefa, me despedi de todo mundo e parti, sem que a minha nudez fosse notada, julgada ou apreciada.Fiquei pensando neste estado de amortecimento que estamos mergulhados, o guru armênio George Ivanovich Gurdjieff (1866/77-1949,me ensinou muito sobre esta estrtutura que rouba a nossa essência,uma automação.Eu participei de um grupo onde fazíamos tarefas para tentar sair desta automação e parar de agir no automático. Meu Sonho me deu notícias de mim, que lutei bravamente para não me intitucionalizar dentro de um órgão público, mesmo tendo a arte como matéria-prima, fugindo do dilema professora, artista,pesquisadora.Eu preferi tentar uma fusão.Reflito sobre como vou para a vida com a alma nua, despida por dentro, e encontrei lugares sem alma,e como me senti inadequada, estrangeira.Mas o que eu mais amei neste sonho é que havia uma celebração íntima, uma fluidez satisfeita por estar neste lugar, mesmo assim, dançando minha presença, meu corpo nu, pleno, festivo e desperto, mesmo num lugar enferrujado, a gente escolhe despir a nossa alma e agir como Arjuna no Épico Bhagavat Gita, dá vontade de parar no meio da batalha e desistir, mas é lindo quando retomamos de onde paramos e seguimos na batalha e alegria de viver.

Comentários