MEMÓRIA- IDENTIDADE E MÍDIAS DIGITAIS

Eu acredito, na pesquisa no intercâmbio de técnicas e nos processos de pesquisa, como uma fonte de possibilidades de criação de uma arte que possibilite recriar mitos e ressignificar simbolos. Um modelo transcultural abolindo fronteiras, onde tradição e inovação sejam tradutores de novos caminhos para se pensar nossa humanidade, a tradição do sagrado e de todos os ritos e mitos que nos revelam quem somos,para onde vamos e quem somos. Afirmo que a criação da memória e os processos de pesquisa que fazem uma interface da minha história, minha busca pessoal e a sistematização de uma técnica pessoal que me permita dançar a mim mesma. Dançar meu arquétipo pessoal, algo que está na fronteira do não dito, aquilo que está fora do meu alcance, o inominável. O que eu quero é criar novos conteúdos no meu corpo, gerar uma linguagem que me faça ter autonomia na minha vida e na minha arte. Quem carrega a bandeira da autenticidade é meio solitário. Fiquei sabendo de uma pesquisa onde 94% do que se produz na internet é compartilhado, 4% é feito de pessoas que tentam organizar o conteúdo e apenas 1% é criado por pessoas que realmente produzem conteúdos e fazem uma investigação aprofundada de algum tema contribuindo para o alargamento das fronteiras. Podem ser conteúdos ligados a entretenimento até assuntos profundos e pesquisa de relevância fomentando identificação, novos saberes e até grupos e organizações que podem agregar conhecimento e engajamento. Fiquei surpresa ao saber que faço parte mesmo com esta contribuição mínima dos meus textos no meu blog deste 1%, é bom saber que existem outros solitários como eu no mundo em busca de conexão. Eu falo de uma solidão da sensação de que o que penso e sinto precisa chegar no outro. Mensagens em garrafas não me interessam mais. Eu sei que integro uma rede de pesquisadores pensadores do movimento e da busca por uma arte verdadeira e sublime. Uma dança que faz pacto com a arte que tem compromisso com o pensamento e a capacidade do ser humano de elaborar um processo de criação em dança que resulte em reflexão e o aprofundamento da investigação da dançarina em pleno processo de dançar a si mesma para encontrar sua divindade, sem perder a relação com a tradição e inovação e do particular e do universal. Criadores de conteúdo no You tube os youtubers são chamados de creators. Os criadores de conteúdo ficam muito fortes quando encontram sua voz e encontram uma maneira de serem ouvidos, lidos ou vistos. A aventura de investigar alguma coisa não precisa ser solitária sempre vai existir alguém que vai se identificar com a sua maneira de ver o mundo e de se ver. Um dia quando eu estiver muito mais afinada com estas ferramentas tecnológicas e estiver com minha linguagem mais sistematizada terei o meu canal e serei uma youtuber, vou ampliar minha voz e a minha vontade de criar e pensar. Na verdade eu sinto que a experiência de dançar para uma platéia uma experiência sem comparação com nada vivido por mim, o palco é o lugar onde me sinto viva, mas não posso ignorar os meios de distribuição da minha arte, ainda estou na idade da pedra em termos de difusão dos meus projetos e sinto que ainda estou soltando fumaça da montanha para ser decodificada. MÍDIAS DIGITAIS Em geral, o termo refere-se a qualquer mídia que utiliza, como meio, um computador ou equipamento digital para criar, explorar, finalizar ou dar continuidade a um projeto que tem como suporte a internet, comunicação online ou offline, produções gráficas, videogames, conteúdos audiovisuais, etc. Se opõe também às mídias analógicas, usufruindo assim das vantagens técnicas dos meios ..digitais como uma maior agilidade na manipulação e criação de conteúdos. Além disso, o conteúdo pode ser reproduzido e reutilizado sem perda de qualidade, o que garante um fluxo de trabalho muito mais dinâmico e multimidiático, favorecendo assim a interdisciplinaridade ou a integração entre os diferentes meios, sendo essa uma característica marcante desse tipo de mídia e processo de trabalho. Atualmente, no entanto, mídias digitais não se limita apenas à oposição das mídias analógicas, mas como uma ramificação muito mais abrangente, criativa e ilimitada do uso de mídias, já que suas possibilidades não necessariamente são formatadas. Pelo contrário, a mídia digital explora os meios corretos para comunicar a mensagem da forma mais adequada e instigante.( Wikipédia)

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