DANÇA EXPRESSIONISTA - MARY WIGMAN



O expressionismo que surge com as artes plásticas, no início do século XX, também absorve a literatura, o teatro e o cinema, com uma estética sombria e conteúdo pessimista, refletindo a angústia de uma geração. A dança moderna que já vinha se contrapondo à dança acadêmica, ganha mais umarepresentante, que se alinha às propostas estéticas do movimento expressionista, a bailarina e coreógrafa Mary Wigman.
A alemã Mary Wigman, a precursora da dança expressionista, não se limitou a propagar modelos aprendidos. Em sua primeira fase expressionista, aliou-se ao artista plástico Expressionista Emil Nolde, de quem era amiga, cujas máscaras que produzia lhe inspiravam uma dança trágica, de movimentos sôfregos. Neste sentido, o rosto sendo ocultado, sob formas ameaçadoras e rígidas, o corpo passa expressar todo o potencial emotivo. O grotesco passa a ser uma característica de sua dança.
Para Mary Wigman, a dança não deveria interpretar a música, mas ser composta junto com o coreógrafo. Encontrando dificuldade nesta parceria, muitas de suas criações foram coreografadas sem música, utilizando ritmos marcados com os pés descalços ou por pequenos conjuntos de percussão. Isto torna ainda mais trágico o caráter de sua arte.
Sua dança não pretendia contar uma história, não tinha um caráter narrativo. O que pretendia era concentrar em símbolo ou mito aquilo que está nascendo, o que é emergente.
Na época da segunda guerra, os nazistas fecharam sua escola de dança, considerando sua arte "degenerada", passando a ser vigiada como "elemento perigoso". Após 1945 reabriu sua escola. Sua discípulo Hanya Holm foi para os Estados Unidos e abriu uma escola, perpetuando o estilo de dança expressionista de Mary Wigman.






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