O projeto Baraka tem como foco o processo de pesquisa , um mapeamento de minhas reais possibilidades com o meu corpo e de onde vem a minha energia , onde acesso , em que partes do meu corpo ela é desencadeada. As técnicas corpóreas co oriente, com o foco na dança clássica Indiana no estilo Bharata Natyam , e a investição de princípios comuns que fui incorporando à minha corporeidade como o treinamento de todas as partes corpo, como olhos, mãos, pés, a arqutetura espacial, a atriz-dançariana, apresença do sagrado, e a gestualidade simbólica, a fragamentação do corpo assimétrico e equilibrado no desequilíbrio.Possibilitaram o intercãmbio de técnicas com artistas de diversas culturas e países, em Brasília eu sou a única dançarina-atriz que tem a dança clássica Indiana como ferramenta de pesquisa, a bailarina de dança clássica indiana Sri Rhade de Curitiba-Paraná, tem um papel importante neste processo por realizar importante intercâmbio de técnicas com Mirabai , realizando a orientação do projeto BARAKA, faço viajens a Curitiba para treinamento corporal no templo Hare Krishna, toda a pesquisa e registro será lançada posteriormente em catálogo, em setembro de 2011, estreía o espetáculo.
Considero Eugênio Barba meu mestre, em 2008 tive a oportunidade de demonstrar meu trabalho para ele e sua atriz do Odin Teatret Julia Varley e senti a certeza que meu caminho é este, ele confirmou a minha organicidade." Encontrar uma anatomia especial para o ator, ou seja, o seu "corpo extra-cotidiano". É através da antropologia teatral - "o estudo do comportamento cênico pré-expressivo que se encontra na base dos diferentes gêneros, estilos e papéis e das tradições pessoais e coletivas", que Barba vai encontrar esse "novo corpo", onde a presença física e mental do ator modela-se segundo princípios diferentes dos da vida cotidiana. O corpo todo pensa/age com uma outra qualidade de energia e ter energia significa saber modelá-la: "um corpo-mente em liberdade afrontando as necessidades e os obstáculos predispostos, submetendo-se a uma disciplina que se transforma em descobrimento." A utilização extra-cotidiana do corpo-mente é aquilo que ele chama de "técnica". Uma ruptura dos automatismos do cotidiano. Princípios aplicados ao peso, ao equilíbrio, ao uso da coluna vertebral e dos olhos e que produzem tensões físicas pré-expressivas, uma qualidade extra-cotidiana de energia que vai tornar o corpo teatralmente "decidido", "crível", "vivo". Desse modo, a presença do ator, o seu bios-cênico, conseguirá manter a atenção do espectador antes de transmitir qualquer mensagem. A força da "presença" do ator não é algo que está, que se encontra aí, à nossa frente. Eugênio Barba nos fala da "presença" como uma contínua mutação que acontece diante de nossos olhos."

Fotos - Sri Rhade ( Curitiba) - Iara Gonçalves
Mirabai, Eugênio Barba e Julia Varley - Marcelo Dischinger

Comentários