DANÇA QUÂNTICA -CORPO- VIBRAÇÃO

Dançar diz respeito ao sentimento de êxtase frente ao Universo. Aquela sensação de perplexidade frente à beleza e complexidade de um Universo infinito, mas desvendável, pelo menos em parte. Temos o universo contido dentro de nós e é através do corpo que ele se manifesta. Sim, é possível viver o milagre da vida "aqui e agora", sem gurus, fumacinhas ou trombetas tocando, anunciando algo surgindo por uma abertura apoteótica no céu. Portanto, a experiência do contato com o sagrado está ao alcance de todos. Sem distinções ou privilégios. E dançamos, fazendo parte da dança cósmica da vida. O filósofo Alemão Nitzsche disse" Não acredito em um Deus que não dance", porque o universo dança dentro de nós e é através do corpo que nos ligamos ao divino que habita em nós . Estamos precisando de ter a sensação de pertencimento com tudo que há, a tecnologia cria esta falsa ilusão de conexão, mas e quando a bateria acaba e não existe tomada disponível? Vem uma sensação de não pertencimento. A conexão vem da alma e da profunda viagem consigo mesmo.E ela é feita integrando a mente, como o espirito e a alma. formando uma constelação. Dançamos o caos, as estrelas, formamos mandalas no chão com os nossos corpos unindo corações, braços e pernas e, pouco a pouco, o inefável aconteceu. Numa experiência atemporal, a verdadeira transcendência. O significado profundo de estar com outra pessoa num movimento de abertura para ver e sentir profundamente quem eu sou e compartilhar com o outro. Dançamos a nossa essência e a possibilidade de transformar esse mundo tão perverso em paraíso. Precisamos escutar a vida, abrir o coração para os detalhes, observar os" recados" da natureza, a verdadeira dança da vida. Afirmo que as melhores experiências da vida são vivenciadas no corpo quando estamos distantes do corpo, viramos poeira cósmica,perdemos uma parte da vida acontecendo dentro de nós. Quando perdemos a capacidade de sentir e sonhar e o resultado é o vazio, buraco negro para onde somos tragados em nossa sombra. A necessidade do sublime está contida no cotidiano. O sagrado pode estar na simplicidade. Numa xícara de chá que tomamos ou na leveza de deixar o corpo fluir através do movimento. Ou, ainda, ao contemplarmos uma obra de arte. Toda experiência pode – e deveria – ser sagrada. A física quântica já confirmou que o pensamento, o sentimento e a emoção precisam estar alinhados para mudar padrões e crenças. A dança pode abrir espaços dentro de nós e ampliar a nossa consciência criando unidade e modificando a sensação de fragmentação e isolamento. Somos todos um.

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