ARQUITETURA DO SER

hoje conversei com uma pessoa totalmente sem energia, fiquei muito impaciente,ao observá-la e ao mesmo tempo, fiquei com uma imensa vontade de falar para este ser humano, diminuído pela vida, que temos o direito de sentir leveza,força, delicadeza e sentimento de pertencer ao universo.Todas as possibilidades do mundo, sem sair de dentro de casa, para depois tomar impulso e sair para a rua. Esta pessoa era uma ausência na presença, até o abraço dela era amorfo, sem tônus.Usei este exemplo, com todo o meu respeito por esta pessoa, para refletir sobre a complexidade do simples.Sobre pessoas que passam a vida construindo projetos futuros para malhar, fazer yoga, virar vegetariana, ganhar dinheiro, viajar, ser musa do fitness, e outra infinidade de promessas para sentir a vida, simplesmente ser gente. Quando muitas vezes estamos estagnados, construindo modelos mentais, cheios de barreiras para começar a ser feliz com o que se tem.Não Muitas vezes precisamos ser iniciados na depressão, para buscar o sentido da vida.Ninguém escolhe ser deprimido.Todo mundo quer ser feliz.Não é à toa que nas redes sociais todos querem demonstrar felicidade, que nem sempre corresponde à realidade. Eu gostaria de falar de algo bem simples.Hoje estava com os pensamentos turvos, porque estou me preparando para uma série de apresentações de dança, e a minha mente começa a pensar abstrato, vejo dança nas árvores, no caminhar das pessoas nas ruas, nas nuvens, sou a própria subjetividade, num mundo concreto, que me exige disciplina e foco constante. Caminhei dentro do bosque, sem destino, flanando. Incrível que apenas esta ação me deixou harmonizada. A vida é feita destes pequenos momentos que podemos escolher para dar um mergulho na desordem interna e sair inteira. Importante quando a ousadia chega a ampliar o gesto em direção à dança, ou qualquer treinamento corporal consciente.

Comentários