O ESPETÁCULO DE DANÇA BARAKA/ PROCESSO DE PESQUISA

O ESPETÁCULO DE DANÇA BARAKA foi criado pela atriz, dançarina, pesquisadora e professora Maria Vilarinho Cardoso, que adotou o nome artístico MIRABAI.

Formada em 1999 na Faculdade de Artes Dulcina de Morais, atualmente MIRABAI leciona História da Arte e Artes Cênicas na Escola Parque 307/308 Sul. Professora contratada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal .

 Como pesquisadora MIRABAI direcionou seus estudos às origens da dança, seus significados e influências objetivas/subjetivas no cotidiano gestual do mundo contemporâneo. Posteriormente,

na composição de seus personagens, foi fortemente influenciada pela cultura Oriental.

 O estreito contato da artista com o estilo de Dança Clássica Indiana BharataNatyam e suas sucessivas viagens de aperfeiçoamento, conduziram de forma natural suas pesquisas e trabalho a uma identidade própria, promovendo o diálogo entre teoria e prática.
O inerente sentimento de brasilidade presente na identidade, personalidade e sentimentos de MIRABAI, somaram-se a pesquisa transcultural e, com a associação da criação cênica interartística, brotou – tal qual uma flor nasce nas pedras – um conceito estético inovador.

 A partir de então, MIRABAI subverteu a ordem natural que separa Continentes, povos e culturas. Mesclou a enigmática e milenar arte indiana com as mais autenticas raízes brasileiras.

Vislumbrou  e ousou o impensável: colocou lado a lado no mesmo palco, na mesma personagem, o gestual sagrado da Índia, o sapateado da cabocla nascida no sertão nordestino e o gingado da cabrocha urbana do Brasil. No rosto, os mistérios contidos nos olhos da mulher indiana fundiram-se com o olhar sestroso e cúmplice da mulher brasileira.
O ESPETÁCULO DE DANÇA BARAKA dialoga com tendências da dança contemporânea, interagindo com o que há de mais moderno no teatro, na arquitetura, artes visuais, performance e video-dança.
BARAKA é uma palavra Sufi, e significa “Sopro de Vida”, “Benção”, “Graça”, “Sopro Divino e Sagrado contido em todas as coisas”.
MIRABAI apresenta em dez atos as nuances das emoções, onde a narrativa é feita por meio do seu corpo. Cabeça, olhos, tronco, braços, mãos, pernas e pés são utilizados separada ou individualmente para esse fim.
O universo feminino é o ponto de partida e não de chegada.

. O ESPETÁCULO procura também resgatar de forma lúdica, poética e lírica o sentido da vida no mundo contemporâneo, sobrecarregado pelo excesso de informações tecnicistas que fragmentam e alienam o Homem de si mesmo.

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