MOVIMENTO AUTÊNTICO

A pesquisa realizada por mim para o Espetáculo de Dança Baraka é a desmonstração de uma técnica
baseada em elementos da dança clássica indiana e continua causando forte impacto no público
que tem me prestigiado desde a estréia, em setembro/2011. A força das imagens reveladas
pelo meu corpo em cena e a plasticidade dos movimentos promovem diálogo profundo
com os expectadores, derrubando as fronteiras entre palco e plateia, não faço entretenimento

. É arte que resgata a força do ser humano.
Não há em cena nenhum artefato ou elemento da linguagem visual – como cenografia,
iluminação ou efeitos especiais, no caso, desnecessários. Há apenas a dançarina e a dança.

Na minha opinião, uma apresentação perfeita acontece quando a dança se sobrepõe à dançarina.
Gostaria de revelar um aspecto da minha pesquisa muito comentada por mim e pouco compreendida.
Durante algum tempo escrevi textos sobre meus estudos sobre dança clássica indiana.
Mas, quantas pessoas conhecem a dança clássica indiana? Pequena minoria.
E a criação de uma linguagem própria? E, a que “linguagem própria” me refiro?
O corpo continua sendo um ilustre desconhecido para as pessoas e, a dança, com o tempo,
foi passando por um processo de “elitização” e difusão de técnicas que só aumentam
o seu hermetismo. O resultado é a perda e do público não “iniciado”.

Pensei em criar um método para ensinar dança, onde a técnica e a vivência da dança,
com prazer e organicidade, fossem o veículo para sua compreensão e sentido.
Na tarefa de construir sentido nessa linguagem, comecei a pautar as aulas.

Sobre a minha experiência como professora de dança e teatro, uma das minhas fontes
de pesquisa é o efeito da dança na vida das pessoas. Dou aulas para alunos da rede pública
de Brasília, atuo como coreógrafa e preparadora corporal de pessoas de várias faixas etárias,
pertencentes a todas as classes sociais. Com o tempo percebi nos alunos a carência do contato
com o próprio corpo. Na avidez por ter acesso a esse conhecimento e o encantamento pela vida
que as minhas aulas estimulam, percebo que muitos alunos(as) reencontram o riso e o prazer.
Infelizmente, a escola proporciona pouca vivência com o corpo. Temos a educação fisica, que nem sempre
cria espaço para a expressão poética do ser. A escola formal que existe hoje praticamente suprimiu
o ensino da dança como linguagem. São raras as iniciativas e, quando existem são isoladas.

Recentemente o governo aprovou uma Lei que regulamenta o ensino da música nas escolas públicas
em Brasília. Mas, eu continuo perguntando: quando é que o corpo terá o status de matéria curricular?

Não me refiro ao estudo do corpo como objeto de estudo em várias disciplinas. Falo da experiência
do “contato real” do indivíduo com seu próprio o corpo, suas emoções, prazer e a vivência
que constrói o conhecimento holístico. Uma possibilidade de retomar a razão e a emoção.
O estudo do “todo”, já que “tudo” começa com o corpo.

Historiadores, antropólogos e profissionais de outras áreas do conhecimento já ensinaram
que “o gesto antecede a fala”, que “o corpo fala” e que 70% da nossa linguagem ou comunicação
começam com a nossa linguagem corporal. No cérebro humano, os hemisférios esquerdo
e direito, são os responsáveis e nos conduzem ao entendimento e percepção do mundo.
Temos de estimular os dois hemisférios constantemente, sempre.

O ocidente negou o corpo e até o considerou perigoso. Por isso, o momento é de devolver
a capacidade de integrar Corpo, Mente & Alma. Pensar e agir no mundo com emoção.
Precisamos – é necessário – retomar um modelo de alfabetização e ensino
que entenda, priorize e contemple o corpo como veículo de linguagem.
A pesquisa realizada por mim para o Espetáculo de Dança Baraka é a desmonstração de uma técnica
baseada em elementos da dança clássica indiana e continua causando forte impacto no público
que tem me prestigiado desde a estréia, em setembro/2011. A força das imagens reveladas
pelo meu corpo em cena e a plasticidade dos movimentos promovem diálogo profundo
com os expectadores, derrubando as fronteiras entre palco e platéia, relações de consumo
e entretenimento. É arte que resgata a força do ser humano.
Não há em cena nenhum artefato ou elemento da linguagem visual – como cenografia,
iluminação ou efeitos especiais, no caso, desnecessários. Há apenas a dançarina e a dança.

Na minha opinião, uma apresentação perfeita acontece quando a dança se sobrepõe à dançarina.
Gostaria de revelar um aspecto da minha pesquisa muito comentada por mim e pouco compreendida.
Durante algum tempo escrevi textos sobre meus estudos sobre dança clássica indiana.
Mas, quantas pessoas conhecem a dança clássica indiana? Pequena minoria.
E a criação de uma linguagem própria? E, a que “linguagem própria” me refiro?
O corpo continua sendo um ilustre desconhecido para as pessoas e, a dança, com o tempo,
foi passando por um processo de “elitização” e difusão de técnicas que só aumentam
o seu hermetismo. O resultado é a perda e do público não “iniciado”.

Pensei em criar um método para ensinar dança, onde a técnica e a vivência da dança,
com prazer e organicidade, fossem o veículo para sua compreensão e sentido.
Na tarefa de construir sentido nessa linguagem, comecei a pautar as aulas.

Sobre a minha experiência como professora de dança e teatro, uma das minhas fontes
de pesquisa é o efeito da dança na vida das pessoas. Dou aulas para alunos da rede pública
de Brasília, atuo como coreógrafa e preparadora corporal de pessoas de várias faixas etárias,
pertencentes a todas as classes sociais. Com o tempo percebi nos alunos a carência do contato
com o próprio corpo. Na avidez por ter acesso a esse conhecimento e o encantamento pela vida
que as minhas aulas estimulam, percebo que muitos alunos(as) reencontram o riso e o prazer.
Infelizmente, a escola proporciona pouca vivência com o corpo. Temos a educação fisica, que nem sempre
cria espaço para a expressão poética do ser. A escola formal que existe hoje praticamente suprimiu
o ensino da dança como linguagem. São raras as iniciativas e, quando existem são isoladas.

Recentemente o governo aprovou uma Lei que regulamenta o ensino da música nas escolas públicas
em Brasília. Mas, eu continuo perguntando: quando é que o corpo terá o status de matéria curricular?

Não me refiro ao estudo do corpo como objeto de estudo em várias disciplinas. Falo da experiência
do “contato real” do indivíduo com seu próprio o corpo, suas emoções, prazer e a vivência
que constrói o conhecimento holístico. Uma possibilidade de retomar a razão e a emoção.
O estudo do “todo”, já que “tudo” começa com o corpo.

Historiadores, antropólogos e profissionais de outras áreas do conhecimento já ensinaram
que “o gesto antecede a fala”, que “o corpo fala” e que 70% da nossa linguagem ou comunicação
começam com a nossa linguagem corporal. No cérebro humano, os hemisférios esquerdo
e direito, são os responsáveis e nos conduzem ao entendimento e percepção do mundo.
Temos de estimular os dois hemisférios constantemente, sempre.

O ocidente negou o corpo e até o considerou perigoso. Por isso, o momento é de devolver
a capacidade de integrar Corpo, Mente & Alma. Pensar e agir no mundo com emoção.
Precisamos – é necessário – retomar um modelo de alfabetização e ensino
que entenda, priorize e contemple o corpo como veículo de linguagem.

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